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Arquitetos: designband YOAP architects; designband YOAP architects
- Área: 110 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Shin Do Keun
Descrição enviada pela equipe de projeto. A planta em forma de "uma mão que aponta" está implantada no topo da colina na área de Sangsu-dong, em Seul. Tal qual o nome da região, que significa "a cidade sobre o rio", o projeto direciona-se ao rio Han a partir de cima. Um penhasco de 6 metros de altura divide a parte do "dedo que aponta", acima, da parte da "mão", abaixo. Estas diferenças de comprimento/largura e em encima/embaixo em pequeno terreno foram obstáculos desde a fase inicial do projeto.
É possível acessar o lote a partir dos níveis superior e inferior, sendo que no caso do segundo, o acesso só é feito à pé. A cota superior, com acesso veicular e de pedestres, foi escolhida como entrada principal, mas o "dedo", muito estreito, mostrou-se um obstáculo. Os arquitetos decidiram, então, não localizar a massa do edifício na parte estreita, levando-o até a borda do penhasco. Esta implantação, de massa pesada no relevo, resultou em uma estranha tensão entre os elementos e em um forte ponto de referência visual a partir do rio Han.
Isso finalmente formou a imagem principal do edifício, "a rocha pesada no penhasco". As rochas de 6 metros embaixo do penhasco revelam-se por cima da colina e constroem outra pedra na colina. "A rocha" pousa sobre ela mesma de maneira constante no solo, sem oprimir a escala de seu entorno.
O material principal escolhido para revelar o conceito da "rocha" foi o tijolo. Tijolos envelhecidos com superfície rugosa foram utilizados principalmente para as fachadas. Tijolos reflexivos foram selecionados para a parte superior do edifício e ajudaram a realçar a imagem da rocha refletindo a luz do sol.
As aberturas também servem para destacar as fachadas pesadas. Foram utilizados dois tipos de vidro: o vidro claro está alinhado com a face interna das paredes e recebe uma forte sombra; o vidro reflexivo está alinhado com a superfície exterior e faz um buraco falso na fachada refletindo o entorno. Esses dois tipos de aberturas enriquecem o espaço interior, variando a percepção de profundidade.
A escada vertical que penetra no penhasco conecta os diferentes níveis por trás. O térreo é o único que não possui vista ao rio, mas cria sua própria atmosfera por meio de um pé direito de 6 metros.
O primeiro pavimento serve como uma peça de união entre o caminho estreito e o mirante com vista para o rio. Repetir a estrutura do espaço interior e a varanda exterior no 3º e 4º pavimentos, faz com que sua história termine na cobertura, um espaço para contemplar o rio e a cidade por completo.